A Agência Nacional de Saúde Complementar autorizou nesta terça-feira (dia 4) o reajuste máximo de 6,91% no preço dos planos de saúde individuais e familiares. A mudança terá validade de maio de 2024 até abril de 2025 para quase 8 milhões de beneficiários.
Segundo a ANS, a operadora poderá aplicar o reajuste no mês da data de contratação do plano. Para contratos cujas datas de aniversário são em maio e junho, a cobrança deverá ser iniciada em julho ou em agosto, no máximo. Esse reajuste é válido para todos os planos médico-hospitalares contratados a partir de janeiro de 1999, ou que foram adaptados à nova legislação (Lei nº 9.656/98).
É importante destacar que o reajuste não vale para planos coletivos, sejam empresariais ou por adesão.
O que causa o reajuste nos planos de saúde?
Diversos fatores impactam o valor final do plano de saúde, o principal sendo a inflação. Há também o aumento ou queda da frequência de uso do plano, o custo dos serviços médicos e seus insumos, tal qual produtos e equipamentos médicos, e o aumento no padrão de consumo de serviços de saúde associado à incorporações no rol da ANS.
Histórico de reajustes.
O último reajuste em 12 de junho de 2023 foi de 9,63% no preço dos planos de saúde. Essa mudança teve validade de 1º de maio de 2023 até abril de 2024. O anterior a este, em 26 de maio de 2022, foi de 15,5% e também considerado o maior reajuste desde o início da série histórica em 2000. Seu antecessor foi em 2016, quando foi registrado reajuste de 13,57% segundo a ANS.
Em 2021, porém, houve o único recuo no teto de preços dos planos de saúde individuais em toda a história (-8,19%). Acredita-se que o motivo foi a queda no uso de serviços médicos devido a pandemia de Covid-19.